Um dos três princípios fundamentais da filosofia Ubuntu é a disponibilidade de software no idioma nativo do usuário, seja lá qual idioma for. Enquanto nós, que crescemos falando um dos 10 idiomas mais falados no mundo, jamais damos à liberdade lingüística uma real importância, essa é uma área onde o Ubuntu claramente ultrapassada seus competidores proprietários.
O Windows XP SP2, de acordo com a Microsft, suporta 43 idiomas. Fui incapaz de encontrar números confiáveis para o MAC OSX ou para o Vista, mas ficaria surpreso se eles suportassem muito mais que isso.
O Ubuntu 8.04, por outro lado, está disponível em mais de 150 idiomas. Tenha certeza, esse número representa praticamente todos os idiomas escritos do planeta, e as traduções de muitos desses que são suportados permanecem bastante incompletos.
Além disso, algumas - como a tradução em Latim - não são concebíveis de uso prático (sem ofensa àqueles que estão tentando reviver as Guerras da Gália). Mas a grande abundância de traduções em comparação às plataformas proprietárias, independente de seus status atuais de suporte, mostra o poder do software livre para superar as desigualdades tradicionais inerentes ao desenvolvimento de software tradicional.
O idioma está diretamente ligado às identidades pessoal e cultural. Como qualquer bom historiador lhe dirá, tentativas de impor uma língua estrangeira a um grupo que não está disposto a aderir quase sempre não acontecem como planejado. O suporte de idiomas limitado nas plataformas proprietárias, e a incapacidade de as pessoas contribuírem para os pacotes de idiomas de sua própria língua, condicionam a liberdade de muitas pessoas a operar computadores em configurações lingüística e cultural na qual elas não estão acostumadas.
Nunca vi alguém mudar para o Ubuntu por motivos lingüísticos (embora ficasse surpreso se isso jamais tivesse acontecido). Também entendo os motivos que torna o suporte da Microsoft e Apple para idiomas minoritários pouco prático - não podemos esperar de empresas que visam o lucro o gasto de dinheiro em traduções para mercados que não têm sentido comercial.
Em plataformas open-source, entretanto, cálculos financeiros são irrelevantes. Se alguém quiser adicionar suporte para um idioma obscuro ao Ubuntu, não há nada que a impeça. Isso significa que o Ubuntu, através de sua transparência e pelo entusiasmo de seus usuários, pode abraçar grupos lingüísticos e culturas ignoradas por plataformas de código-fonte fechado, uma característica extremamente poderosa que talvez mereça mais crédito do que atualmente lhe é atribuído.
Portanto, conforme os usuários e desenvolvedores do Ubuntu perseguem os objetivos geeks do projeto Ubuntu, espero que desfrutemos dessa potencialidade lingüística no longo caminho rumo à solução do bug #1.
Fonte: WorksWithU
O Windows XP SP2, de acordo com a Microsft, suporta 43 idiomas. Fui incapaz de encontrar números confiáveis para o MAC OSX ou para o Vista, mas ficaria surpreso se eles suportassem muito mais que isso.
O Ubuntu 8.04, por outro lado, está disponível em mais de 150 idiomas. Tenha certeza, esse número representa praticamente todos os idiomas escritos do planeta, e as traduções de muitos desses que são suportados permanecem bastante incompletos.
Além disso, algumas - como a tradução em Latim - não são concebíveis de uso prático (sem ofensa àqueles que estão tentando reviver as Guerras da Gália). Mas a grande abundância de traduções em comparação às plataformas proprietárias, independente de seus status atuais de suporte, mostra o poder do software livre para superar as desigualdades tradicionais inerentes ao desenvolvimento de software tradicional.
O idioma está diretamente ligado às identidades pessoal e cultural. Como qualquer bom historiador lhe dirá, tentativas de impor uma língua estrangeira a um grupo que não está disposto a aderir quase sempre não acontecem como planejado. O suporte de idiomas limitado nas plataformas proprietárias, e a incapacidade de as pessoas contribuírem para os pacotes de idiomas de sua própria língua, condicionam a liberdade de muitas pessoas a operar computadores em configurações lingüística e cultural na qual elas não estão acostumadas.
Nunca vi alguém mudar para o Ubuntu por motivos lingüísticos (embora ficasse surpreso se isso jamais tivesse acontecido). Também entendo os motivos que torna o suporte da Microsoft e Apple para idiomas minoritários pouco prático - não podemos esperar de empresas que visam o lucro o gasto de dinheiro em traduções para mercados que não têm sentido comercial.
Em plataformas open-source, entretanto, cálculos financeiros são irrelevantes. Se alguém quiser adicionar suporte para um idioma obscuro ao Ubuntu, não há nada que a impeça. Isso significa que o Ubuntu, através de sua transparência e pelo entusiasmo de seus usuários, pode abraçar grupos lingüísticos e culturas ignoradas por plataformas de código-fonte fechado, uma característica extremamente poderosa que talvez mereça mais crédito do que atualmente lhe é atribuído.
Portanto, conforme os usuários e desenvolvedores do Ubuntu perseguem os objetivos geeks do projeto Ubuntu, espero que desfrutemos dessa potencialidade lingüística no longo caminho rumo à solução do bug #1.
Fonte: WorksWithU