Distro gNewSense liberta o Ubuntu

Os amantes do software livre podem se alegrar este mês com o lançamento do gNewSense 2.0 (pronuncia-se "gui-niu-sense"), a mais nova versão da popular distribuição baseada no Ubuntu Hardy Heron. Chamada de DeltaH, este sistema operacional inclui somente softwares em que os usuários têm o direito de rodar, estudar, adaptar, redistribuir e melhorar todo o software e o código. Afinal, o gNewSense é apoiado e patrocinado pela Free Software Fundation (FSF). A exigência da liberdade de software exclui uma grande quantidade de software, incluindo drives proprietários para redes sem fio (wireless) e placas de vídeo, deixando a maioria dos usuários com uma distro menos funcional - embora menos problemática - derivada do Ubuntu 8.04.

O gNewSense é uma maravilhosa alternativa ao Gobuntu, a distro derivada do Ubuntu patrocinada pela Canonical. De acordo com a wiki, a versão 8.04 do Gobuntu não foi lançada devido a reação abaixo da expectativa da comunidade. O Gobuntu usava o mesmo repositório do Ubuntu, e o Ubuntu LiveCD pode realizar a mesma instalação do Gobuntu pela simples seleção da opção free-software-only no instalador (aperte F6 duas vezes no menu do boot). Além disso, Mark Shuttleworth, o fundador do Ubuntu, indicou que ele prefere se focar no gNewSense porque o trabalho nessa distribuição pode ajudar a comunidade Ubuntu como um todo.

Ubuntu sem software proprietário

O gNewSense remove mais de 100 partes de código e firmware proprietário do kernel do Ubuntu, incluindo o suporte para chipsets gráficos ATI e Nvidia e drivers de rede sem fio. Na versão atual, as extenções proprietárias da OpenGL para o X foram removidas do servidor X padrão. O Firefox foi substituido pelo Epiphany para evitar problemas em torno das reivindicações de marcas registradas Mozilla. O Epiphany tem uma boa performance, como também é baseado em bibliotecas GNOME e se integra muito bem ao desktop.

A distribuição é baseada em pacotes pré-complilados, assim como o Ubuntu, e fornece seus próprios repositórios para instalação e update de software. O repositório de software proprietário do Ubuntu, o Restricted, não está incluso e não pode ser adicionado facilmente, como pode no Gobuntu. O repositório Universe do gNewSense, que inclui softwares que não fazem parte da instalação normal, é habilitado por padrão. Toda documentação não-livre e artwork (temas, ícones, papéis de parede, etc) incluso no Ubuntu foi removido, embora o papel de parede e ícones na versão DeltaH foram refeitos para embelezar o desktop um pouco. A mais nova versão também inclui suporte para os pacotes source do Debian.

A maioria do usuários escolherão instalar o gNewSense pelo LiveCD. Quando os usuários estiverem prontos para particionar seus discos e instalar a distribuição para seus discos rígidos, eles podem fazer isso usando o instalador Ubiquity pelo ambiente gráfico.

Todas aplicações que você encontra no Ubuntu também está incluida no gNewSense, com exceção do Firefox. Os pacotes build-essential e gcc - que fornecem suporte para compilar software via código-fonte - estão inclusos, assim como o editor de texto Emacs e aplicações como OpenOffice.org, Pidgin e GIMP. Os usuários têm um conjunto completo de aplicações desktop juntamente com algum suporte para desenvolver e instalar aplicação pelo código-fonte.

Com o script Builder incluido no gNewSense, você pode criar sua própria distribuição Linux usando somente software livre. Isso é perfeito para pessoas que não querem adicionar ou distribuir software com licenças de uso restrito ou limitado. É fácil de usar: os desenvolvedores da distro só precisam colocar as informações básicas, como o nome da distribuição e a lista de pacotes inclusos, no arquivo de configuração e o script criará o repositório e as imagens de CD para você. A única desvantagem é que isso requer o download de cerca de 40GB de pacotes, assim como uma conexão de internet rápida é extremamente recomendado. Essa abordagem pode ser melhor que usar algo como o AptOnCD para sua distribuir a amigos ou usar como um backup de segunrança.

Por que se preocupar com o gNewSense?

Então por que alguém iria instalar um clone menos robusto do Ubuntu que muito provavelmente não funcionará com alguns dos hardwares mais usados? Para ser muito honesto, a maioria dos usuários não vão usar o gNewSense no uso diários, se muito. Ainda, há alguns benefícios para desenvovedores. Colocando os benefícios ideológicos da software livre de lado (embora eles possam ser bastante persuasivos), o gNewSense é a distribuição perfeita para programadores usarem para testar seus hardware para a compatibilidade com o software livre. Há um benefício substancial para fabricantes de hardware fornecerem suporte nativo ao Linux sem instalação de nenhum módulo de kernel ou driver proprietário, e usando o gNewSense é uma ótima maneira de se fazer isso. Além disso, o gNewSense pode funcionar como um "exemplo modelo" para outros desenvolvedores de software e de distribuições. Afinal, constatemente sacrificam a praticidade e usuablidade pela conformidade, e isso dá ao mundo a realidade de como um sistema operacional livre parece. É a atualização de um ideal que foi anteriormente difícil de por em prática. A FSF pode também colher benefícios pela existêcia do gNewSense: por uma coisa, agora ela tem uma distribuição que pode ser sinceramente recomendada, patrocinada e endosada.

O argumento mais persuasivo para o gNewSense é algo como um paradoxo, porque ele pousa na fraqueza das distribuições. Cada problema, bug e questões decorrentes do uso individual do software livre é uma sugestão viva para os desenvolvedores sobre areas que eles devem se focar. Esse trabalho - a descoberta de pacotes problemáticos e a criação de solução viáveis de software livre - é central para a lógica referida por Shuttleworth. Ao descobrir os erros no suporte de software e corrigi-los e encorajar fabricantes de hardware para corrigir e desenvolver melhores drivers e firmwares livre, os desenvolvedores estão criando um benefício para toda a comunidade.

O gNewSense pode ser um incômodo para usar, mas ele pode ser o fator chave na evolução do Linux.

Fonte: Kurt Edelbrock@Linux.com

Famelix e os perigos da luta contra o Windows

Davi e Golias, de Caravaggio

Um dos debates perenes sobre desktop GNU/LInux é o quanto ele deve se parecer com o Windows. Normalmente, o debate é em torno de como o desktop deve parecer familiar a novos usuários, ou ser desenvolvidos de maneira que pareça mais lógico. Entretanto, se a expreriência da distribuição brasileira Famelix é alguma indicação, imitando o Windows e o ultrapassando, isso também pode abrir brechas para ameaças, como acusações de pirataria e mudanças de política por gerenciamento "Windows-centrico".

Famelix está registrado pela Faculdade Metropolitana de Guaramirim (FAMEG) em Santa Catarina, onde é desenvolvido. A distribuição é baseada no Debian e usa o KDE como desktop, com papel de parede e outras modificações projetadas para aumentar a semelhança com o Windows XP, ou, como na última versão, chamada de Hasta la Vista ("Adeus" em espanhol), com o Windows Vista.

A distribuição é comandada por David Emmerich Jourdain, um professor alemão de nascimento que mora no Brasil desde 1992. Jourdain se tornou um defendor do software livre depois de ouvir um discurso de um grupo de usuários locais enquanto cursava seu mestrado em Stanford. Quando a FAMEG ofereceu-lhe o emprego, a faculdade possuia somente uma única sala de computadores que rodavam cópias ilegais do Windows. Jourdain disse que aceitaria a vaga somente se ele pudesse implantar software livre por toda faculdade e tivesse tempo de provar suas vantagens. "Minha principal intenção não era trabalhar com software proprietário, fosse legal ou não", disse ele.

Quando a FAMEG concordou com as condições dele, Jourdain imediatamente foi à fonte do problema: Ele era a única pessoas na faculdade com conhecimentos de software livre. Como resultado, ele teve de treinar seus alunos assistentes para compilar e aplicar patchs no kernel, assim como programar em Qt, PyQt, C++, Kdialog e linguagens script.

No início, ele também percebeu que uma interface muito diferente do que ele esnoba como "Terra dos Teletubbies" (presumidamente uma referência ao tema padrão do Windows XP) seria uma barreira para a aceitação, e decidiu fazer o desktop o mais similar possível do Windows.

Ao longo dos 5 anos de existência do Famelix, cerca de 70 estudantes foram envolvidos em seu desenvolvimento. Atualmente, a distribuição é mantida e desenvolvida por sete estudantes, com ajuda ocasional de outros 18. Durante esse tempo, Jourdain viu a distribuição do Famelix de suas máquina privada para os laboratórios da faculdade e máquinas administrativas. Além do mais, "muitos alunos estão usando o Famelix em seus computadores pessoais", disse ele, "e eles têm espanhado sua utilização pelo seus locais de trabalho após a graduação".

Assim como qualquer distribuição GNU/Linux, a adaptação é difícil para migrar para o Famelix. Entretanto, outros usuários da distribuição incluem 62 unidades militares, escolas e centros de inclusão digital por toda América Latina. Em seu site, a distribuição tem mais de 22 milhões de downloads - ao menos 14 milhões deles nos últimos 12 meses, principalmente graças aos primentos lançamentos com suporte ao alemão, inglês e italiano, além dos já suportados espanhol e português.

Problemas com a Microsoft

Mas esse sucesso parece que atraiu o tipo errado de atenção. Em 2005, Jourdain e o diretor de infraestrutura da FAMEG receberam a visita de dois representante da Microsoft, na qual ofereceram a "maravilhosa" chance de comprar o Windows para a faculdade pelo custo de alguns milhares de dólares.

"Minhas primeiras perguntas foram sobre a liberdade que devemos ter para desenvolver e aplicar no sistema", recorda Jourdain. "Claro que sabiamos as respostas. Nesse momento, terminei a conversa com "Como pode ver, nossos interesses não são os mesmos. Queremos criar desenvovedores. Vocês querem vender. Acredito que uma proposta nisso nos interessa.""

Os representantes da Microsoft disseram que, se a faculdade não comprasse as licenças, a única solução seria o uso de cópias piratas do Windows. "Minha resposta foi muito direta", disse Jourdain. "Nós usamos GNU/Linux. Assim, se temos ou não o seu sistema não faz a menor diferença. Tenham um bom dia."

Se os representante da Microsoft confundiram o Famelix com o Windows ou estavam agindo maliciosamente é incerto, mas, duas semanas depois a faculdade recebeu uma notificação que ela estava sendo investigada por uso ilegal de software. Um representante de justiça brasileiro, dois oficiais de polícia e uma técnico em computadores logo chegariam na faculdade.

De acordo com Jourdain, um dos oficiais de polícia era aluno da FAMEG e estava familiarido com o Famelix. Ele disse ao representante de justiça que a investigação era perda de tempo, mas ela iria continuar de qualquer maneira.

Depois de checar todos os computadores da FAMEG, o representante de justiça se desculpou e preencheu os relatórios necessários na investigação. E quando estava saindo, ele pediu: "Você pode instalar esse Famelix para mim?".

Depois disso, lembra Jourdain, "nunca mais tivemos problemas com nossos amigos da Microsoft de novo".

Mas ele ainda continua

Infelizmente, a Microsoft não é a única parte do mundo Windows que pode causar dificuldades para a bem sucedida distribuição. No mês passado, Jourdain recém chegado de uma conferência ouviu que a faculdade estava sendo vendida para a Uniasselvi, um grupo de educação privada cuja imagem, de acordo com fontes brasileiras, não é "muito boa".

Jourdain imediatamente ficou preocupado, pois, a Uniasselvi usa somente windows, e ele acredita que a maioria das cópias não são licenciadas. Como se não bastasse, o primeiro ponto levantado foi se o Famelix deveria ser continuado.

A questão sobre o futuro do Famelix continua incerta, e a falta de resposta fizeram Jourdain hesitar sobre ser entrevistado para esse artigo. No entanto, no final, aconselhado por Alexandre Oliva, um membro do fórum do FPF Latino Americano, Jourdain concordou em participar, esperando que a publicidade possa influenciar a diretoria da faculdade, e, talvez, trazer ajudar e sugestões para juda-lo a proteger o futuro da distribuição.

Se esta última ameaça é independente é incerto, e realmente não importa. De qualquer maneira, o Famelix se provou que uma alternativa para o Windows parece ser apenas a primeira batalha em sua luta pela existêcia.

Fonte: Bruce Byfield@Linux.com

[Open Music!] Antarhes - Breathin' Again


Artista: Antarhes
Música: Breathin' Again
Album: Breathin' Again
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A praga da proliferação de Licenças Open Source

Ainda me lembro quando a grande discussão sobre open source era se um pedaço de software era realmente open source, significando que ele era lançado sob uma licença certificada pela OSI. As marés estão mudando, os debates agoram se concentram em torno de qual licença open source usar. Adicionando complexidade ao debate a proliferação de licenças certificadas pela OSI. Agora, discussões estão crescendo sobre quais licenças open source são melhores para todas as partes envolvidas em um projeto open source. No caso de trabalhos de software coletivo, há também as complexidades adicionadas da compatibilidade da licença.

Parte do problema é que as empresas estão tentando conduzir suas próprias licenças vaidosas que reforçam suas macas e alavancam a boa vontade associada ao selo open source de aprovação. A SugarCRM uma vez montou uma ofensiva pedindo pela aprovação de sua Sugar Public Licence (derivada da licença Mozilla Public Licence, certificada pela OSI) que por um tempo ganhou popularidade entre desenvolvedores comerciais open source. A licença foi rejeitada e a Sugar desde então passou para GPLv3. Ironicamente a Common Public Attribution Licence (CPAL) apresentada pelo Social Text, que tem muitas semelhanças com a Sugar Public Licence, foi aprovada pela OSI. Atém mesmo a Microsoft teve sucesso pressionando o fórum da OSI para aprovação de duas licenças. A Microsoft Public Licence (M-PL) e a Microsoft Reciprocal Licence (Ms-RL), que são muito similares às licenças BSD e GPL.

O número de projetos open source tem crescido consideravelmente nos últimos dez anos, na verdade de modo exponencial, de acordo com uma notícia dada por Amit Deshpande e Dirk Riehle em março deste ano.

De acordo com a base de dados da Black Duck Software, a licença mais comum usada por projeto open source é a GPL versão 2.0. E de acordo com a mesma fonte, 94% dos projetos open source usam 10 licenças.

Licença % de uso
GNU General Public License (GPL) 2.0 58.69%
GNU Lesser General Public License (LGPL) 2.1 11.39%
Artistic License (Perl) 7.46%
BSD License 6.50%
Apache License 2.0 2.92%
MIT License 2.58%
GNU General Public Liense (GPL) 3.0 1.64%
Mozilla Public License (MPL) 1.1 1.37%
Common Public License 0.83%
zlib/lippng License 0.64

93.92%

Aualmente a decisão de passar de GPLv2 para GPLv3 está sendo altamente debatida por muitos projetos open source. De acordo com a Palamida, uma fornecedora de software de acordo de IP, houve cerca de 2489 projetos open source que passaram da GPLv2 para a última versão.

(Fonte: Palamida)

Aparentemente há muitas pessoas pensando em usar a AGPL por que, diferentemente da GPL, ela extende sua exigência da redistribuição de software para serviços de rede, como estes fornecidos pelas ASPs (veja a seção 13 da licença - Remote Network Interaction):.

No entanto qualquer outro fornecimento desta Licença, você tem permissão para unir ou combinar qualquer obra coberta com uma obra licenciada sob a versão 3 da Licença Pública Geral GNU Affero formando uma única obra, e fornecer a obra resultante. Os termos desta licença continuarão a aplicar-se à parte da obra que é uma obra coberta, mas as exigências especiais da Licença Pública Geral GNU Affero, seção 13, a respeito de interação através de uma rede se aplicarão à combinação como tal.

A SpringSource está causando um pequeno rebuliço dentro da comunidade Java lançando sua Spring Application Plataform sob a licença GPLv3 (Comentário pelo fundados da JBoss, Mark Fleury).

O Ubuntu está considerando usar a AGPL para o seu serviço Lauchpad, mas o debate ainda está aberto.

No caso do Launchpad, vemos você como sócio da informação, então a resolução deste problema é importante para nós. Como você observou, realmente não há uma prática clara que trabalhe bem e tenha se mostrado comercialmente sustentável. Isso é diferente da GPL (até mesmo a v3). Creio que a Affero GPL é uma forte candidata para a linha de frente no debate do assunto, e é por isso que estou inclinado a usar-la quando publicarmos os códigos abertos do Launchpad.

O Google se recusou a aceitar a licença AGPL no Google code, citando a proliferação de licenças como motivo.

De fato não damos suporte à AGPL no code.google.com. Estamos tentando lutar ativamente contra a proliferação de licenças que são consideradas open source, e a AGPL tem muito pouco mercado e não foi certificada como open source pela OSI.

No entanto, as disposições da AGPL para hospedagem de serviços não se opoem exatamente a seus negócios. Por exemplo, qualquer modificação que o Google faça ao código AGPL poderia obrigá-los a fornecer o código fonte quando fornecido como serviço.

O licenciamento de software é complexo, open source ou não. Suspeito que a maioria dos usuários não esta por dentro da licença do software em que estão baixando. Acho isso um pouco desanimador, sinto fortemente que o desenvolvimento open source é superior e o licenciamento do software open source na maioria não é fácil de entender ou aplicar.

Fonte: Mark R. Hinkle@SocializedSoftware

[Open Music!] Josh Woodward - Revolution Now


Artista: Josh Woodward
Música: Revolution Now
Album: The Simple Life
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Ubuntu 8.10: Upgrade ou Instalação Limpa?

Qual caminho você deve seguir? Você deve tirar vantagem do gerenciador de pacotes do Ubuntu e usá-lo para atualizar seu sistema para o último lançamento, o 8.04 Hardy Heron, ou você deve baixar uma imagem ISO de CD ou DVD e fazer uma instalação limpa? O senso comum diz que fazer uma instalação limpa é melhor, um caminho mais seguro. Pode haver um pequeno trabalho extra envolvendo configurar tudo de novo, já que as novidades e maravilhas estão instaladas, mas isto não é nada comparado à dor de um upgrade que deu errado, de acordo com pensamento comum. Mas essa abordagem cautelosa pode não ser necessária.

Recentemente fiz uma instalação limpa do Ubuntu 8.04 em minha máquina de desenvolvimento. Foi um processo rápido e fácil. Fiz um backup dos dados e arquivos de configurações do meu diretório /home, instalei o novo lançamento, então copiei meus dados salvos para o mesmo lugar. Tudo normal, e tudo funcionava como antes.

Porém, quando o genrenciador de pacotes do Ubuntu 7.10 recentemente me ofereceu o upgrande para o 8.04, enquanto me mostrava as últimas atualizações de segurança, decidi que era hora de tentar o upgrade também.

Fiz isso, apesar do conselho que ouvi no canal #ubuntu no irc.freenode.net. A opinião unâmime que recebi no canal, de três pessoas que responderam, era de fazer uma instalação limpa, embora um dos três disse que pessoalmente usava o upgrande porque isto deixa-o com menos coisas a fazer depois. Os motivos para recomendar uma instalação limpa incluem menos riscos, melhores resultados para configurações complexas e velocidade. Um dos três notou que a maioria dos problemas de instalação do 8.04 que ele viu no canal vieram de possoas que escolheram a opção de upgrade.

Salve antes e depois

Quando você faz uma instalação limpa, sabe de antemão que perderá tudo que não salvou especificamente para então restaurar depois da instalação. Quando você faz um update, espera que tudo ainda estará lá e ainda funcionará quando estiver terminado. A coisa mais importante para lembrar quando fizer um update é a mesma quando você faz uma instalação limpa: salve tudo antes de começar.

Tenho dois discos rígidos em meu desktop principal. Um é quase completamente dedicado a guardar meus emails, fotos, vídeos e arquivos de textos do meu diretório /home. Isto tem ocupado grande espaço ao longo dos anos. Antes de começar o processo de upgrade para o Ubuntu 8.04, me certifiquei que meus backups foram completamente atualizados.

Iniciei o upgrade às 11:00am e finalmente terminei o processo às 6:30am do dia seguinte. Sim, tirei um tempo para dormir, mas ainda é um tempo muito longo. Em comparação, fazendo uma instalação limpa levou apenas uma hora no meu desktop secundário.

O processo começou baixando a ferramenta de upgrade. Seguido por algo chamado "configurando novos canais de software", que parece ser a identificação de quais repositórios você precisa para deixar todas as aplicações atualmente instaladas atualizadas. Estas duas tarefas combinadas levaram menos de meia hora para terminar.

A maior parte do tempo - cerca de 12 horas - foi baixando novos pacotes. Tenho certeza que o motivo para a baixa velocidade pode ser atribuido ao fato de muitos outros usuários estarem fazendo a mesma coisa no mesmo momento que eu, com a banda disponível repartida para atenter a demanda. Baixar e gravar uma imagem ISO do 8.04 levou menos de uma hora poucos dias antes. Como levou muito tempo para baixar os novos pacotes, rodei outro backup dos arquivos de meus emails, e quando estava pronto para aplicar as mudanças fechei o aplicativo de email - só para garantir.

O próximo passo foi instalar e configurar os novos pacotes. Isto, também, demorou mais para fazer do que iniciando do zero com uma instalação limpa - cerca de uma hora em minha máquina. No início, a barra de progresso avisou que faltava 33 minutos, mas o tempo restante mostrado aumentou conforme passava. No final, fui para cama e deixei rodando o upgrande sozinho. Algumas das aplicações (CUPS e PostgreSQL) requerem participação interativa, então, quando retornei para o computador na manhã seguinte, tive que escolher entre manter a velha configuração ou substituí-las.

Os passos seguintes do upgrade (remoção de arquivos da instalação e reinicialização) correram bem, e finalmente me encontrei sentado a frente do teclado com o Ubuntu 8.04, quase 24 horas depois de minha jornada começar. Mas minhas contas de email e arquivos estavam lá de imediato, minha barra de ferramentas do navegador e favoritos estavam presentes também.

Qual é melhor?

Tendo instalado o Ubuntu 8.04 de ambas maneiras, por upgrade e também com uma instalação limpa, qual eu prefiro e qual deveria recomendar? As respostas não são as mesmas.

Depois de utilizar ambas, sou solidário com o lado da "instalação limpa". Foi de longe mais rápida, e não apenas pareceu ser o caminho mais limpo, com várias oportunidades para refazer um passo, mas oferece um ótimo controle sobre como a nova instalação operará, desde qualquer e todo controle de decisões que surgirem durante o processo.

Porém, a instalação limpa pode não ser a escolhe certa para você. Na minha opinião, o fiel da balança na decisão é seguinte: se você é um experiente usuário do Ubuntu mais interessado em ter um sistema pronto para usar e o mais idêntico possível ao da instalação anterior, considese um upgrade em vez da instalação. Se você não está confiante em suas habilidades com o Ubuntu, ou está mais interessado em ter os últimos e maravilhosos pacotes em vez de um sistema que imediatamente se comporta como era, vá com a instalação limpa.

A boa notícia é que ambos processoas parecem funcionar bem para mim.

Fonte: Joe Barr@Linux.com

[Open Music!] Ruth Theodore - Nothing On


Artista: Ruth Theodore
Música: Nothing On
Album: Worm Food
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O Linux deveria ser padronizado numa única distro?

Quando demonstro programas para o Linux Journal, costumo usar o Ubuntu como meu sistema operacional. O motivo é simples, afinal o Ubuntu é extremamente popular, mas isto origina a questão: o Linux deveria ser padronizado numa única distribuição? Vamos analisar alguns dos prós e contras:

Vantagens de uma única distribuição Linux:

  • O suporte Linux seria simplificado, assim a pergunta "qual distribuição" não seria relevante.
  • Os produtores de software poderiam lançar um único pcote que instalaria em todos desktops Linux.
  • A guerra entre apt/rpm/yum/up2date/synaptic acabaria.
  • A certificação Linux seria mais fácil de se definir.
  • O Tux seria o logo de todo mundo :)

Tenho certeza que chegaria a muitas outras vantagens que a idéia "Uma Distro para Arrasar com Todas as Outras" proporcionaria. O problema é que as desvantagens são muito profundas, penso que elas negam qualquer validade à primeira lista. Apenas algumas:

Desvantagens da distribuição Linux padronizada:

  • Um seleto grupo de indivíduos controlaria a direção presente e futura do Linux.
  • Não haveria competição interna na comunidade Linux. Quanto isto seria triste se tivéssemos somente o Windows e OSX para serem comparados conosco?
  • Perdemos a capacidade de escolher, que é a parte fundamental de tudo que o Linux defende.
  • Nós tornamos um sistema operacional monolítico, pesado, de mente fechada, improdutivo, sem esperança de renovação e sem motivação de pensar diferente.

Ok, admito, o último ponto chega a ser evangelizador. É importante perceber que é da nossa diversidade que tiramos nossa força. É a comunidade que nos dá poder. É a liberdade de escolha que nos permite achar soluções que melhor se encaixam às nossas necessidades, em vez de pegar qualquer solução fornecida por produtores.

Então, sim, eu tendo a usar Ubuntu. Para meu propósito, ele faz mais sentido. Felizmente, você tem o direito de escolher o que quiser. E é assim que deve ser. Obrigado Linux.

Fonte: Shawn Powers@LinuxJournal.com

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Não concordo muito com o fim do artigo por um motivo. Pode ser contado e forma de piada.

Era uma vez um administrador de rede, que perguntado pelo chefe "Por que você não coloca Linux em nosso servidores?" ele responde: "- Não posso deixar minha rede nas mãos de um fórum."

[Open Music!] Sleeping Sky - I Will Always Love You


Artista: Sleeping Sky
Música: I Will Always Love You
Album: Home Recordings 2001 - 2006
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O progresso do X.org 7.4

Se tudo ocorrer como planejado, o X.org 7.4 será finalmente lançado este mês. Essa versão não é tão elaborada quanto o X.org 7.3, cuja versão introduziu a entrada hot-pluggin (reconhecimento imediato de adição/remoção de hardware), aprimoramentos EXA e RandR 1.2 só para citar alguns recursos, mas o X.org 7.4 é outro update melhorando esse servidor X. Nesse artigo, estamos apresentando uma visão geral dos resursos que serão encontrados no X.org 7.4, que está atrasado, e como este lançamento está sendo criticado duramente.

O X Server 1.5.0 / X.org 7.4 estava originalmente agendado para lançamento em março de 2008, mas a data chegou e passou. Não era assim até fim de fevereiro quando Adam Jackson, da Red Hat, reforçou a equipe como gerente de lançamento e começou o planejamento do lançamento do X.org 7.4 devido à Red Hat querer distribuir o X.org 7.4 no Fedora 9. O Fedora não será distribuido com a versão final do X.org 7.4 / X Server 1.5, mas, em vez disso, uma versão pre-release em desenvolvimento. Poe enquanto o driver Intel é o único que suporta esta característica a tempo para o X.org 7.4 e o Fedora é a primeira distribuição distribuída com suporte mode-setting no kernel.

A última versão do X Server no momento é a 1.4.99.901, cuja contém mais de 100 mudanças desde o X Server 1.4.0. Entretanto, este lançamento apareceu em março e está atrasado sem nenhum release candidate ou development freeze a ser alcançado. Como observação: o X Server 1.4.1, que estava planejado para lançamento em novembro de 2007, ainda não foi lançado!

O X.org 7.4 está atrasado e está rodando com muito menos recursos do que estava planejado. O plano original era ter suporte Multi-Pointer (MPX), mas isto foi adiado assim como XGE (X Generic Events), RandR 1.3, e também foi tirado deste lançamento o que Daniel Stone descreveu como "input hotness", ou XKB 2 e Xi 2. O que também parece que foi mandado para o espaço é o Glucose. O Glucose não tem sido muito comentado ultimamente comparado ao Gallium3D ou ao TTM, mas ele é uma arquitetura de aceleração OpenGL que está para ser acoplado no servidor X e acelera renderizações primitivas comuns num estilo parecido ao do XGL. Esperamos que estes itens estajam na agenda para o X.org 7.5, que deve chegar como um lançamento atrasado de 2008 - permitindo o fim do X.org 7.4 no primeiro semestre de 2008.

O que é novo, entretanto, no X.org 7.4 é, sobretudo, a soluçãodo problema (de longa data) do PCI rework com mais drivers que usam libpciaccess, atualizações para Mac OS X, testes de compositing para x11perf, rápida inicialização/desligamento do X e suporte para um socket namespace abstrado sob Linux com o xtrans. Também adicionado é o suporte DRI2 de renderização direta, mas como o suporte mode-setting do kernel, ele está limitado atualmente ao driver Intel. As atualizações do Mac OS X no X.org 7.4 incluem reparos no Xquartz, suporte launchd e outros recursos. O x11perf 1.5 adiciona testes de compositing (pelos argumentos compwinwin* e comppixwin*) para merdir a performance de compositing de vários tamanhos de janelas, de janela a janela e de pixmap a janela.

Talvez o que é mais importante no X.org 7.4 do que somente o X Server 1.5 são alguns dos drivers encontrados como parte deste lançamento, o X.org 7.4 terá o xf86-video-ati-6.8.0 (o driver open-source "radeon"), que adiciona suporte para as GPUs ATI R500/600 através do AtomBIOS, suporte de aceleração Render inicial para R300/400, melhorou a interação Driver/BIOS e um monte de outras melhorias. Sentado ao lado do xf86-video-ati está o driver xf86-video-radeonhd, que para o X.org 7.4 será a marca RadeonHD 1.2. Este é o primeiro lançamento do X.org desde que o driver RadeonHD tem sido abrilhantado com o suporte para R500/600 assim como aceleração inicial de 2D EXA/XAA e suporte RandR 1.2.

No lado dos gráficos Intel está o xf86-video-intel 2.3.0, que possui suporte XvMC, muitos bugs consertados e um novo suporte ao produto desde que o último lançamento do X.org. Finalmente, no lado da NVIDIA está o lançamento do xf86-video-nv 2.1.8 que entrega um suporte 2D open-source para a GeForce 9600GET. Para aqueles que usam o VMware, o driver xf86-video-vmware ganhou o suporte para extenção X-Video na versão 10.16.0 e foi migrado para usar o libpciaccess. Por último mas não menos importante, o X.org 7.4 incluirá um driver beta para o driver open source XGI XP10 desenvolvido por Ian Romanick. Esse driver tem suporte mode-setting nativo e funções RandR 1.2, mas atualmente é limitado à saída VGA analógica.

À cerca da atividade em torno do X.org 7.4. No momento, existem mais de 40 bugs bloqueam este quarto lançamento. Nenhuma palavra oficial apareceu ainda, mas não fique surpreso se este lançamento para maio se transformar em junho ou julho. No ano passado, Alan Coopersmith, da Sun, manifestou preocupação sobre a degradação da qualidade dos lançamentos do X.org e, infelizmente, quase nada mudou desde então, entretano, Adam Jackson tem feito um verdadeiro trabalho com o X.org 7.4.

Fonte: Michael Larabel@phoronix.com

Clientes Twitter para Linux

O Twitter é uma popular rede social que está ganhado popularidade como uma ferramenta de micro-blog. Usuários registrados podem postar mensagens - também chamadas de Tweets - via interface Web, mas muitos preferem usar aplicações desktop que oferecem funcionalidades adicionais e tiram o Twitter totalmente do navegador.

O Qt Twitter Linux é um cliente leve para KDE desenvolvido em QT e C++. Desde que ele foi construído usando API's do Twitter, mensagens enviadas através dessa ferramenta aparecem instataneamente na página do Twitter como se elas fossem enviadas diretamente da interface Web (todos os Tweets mostram qual aplicação o remetente usa como padrão). Enquanto o Qt Twitter Linux não vem com características úteis, como busca e arquivo, ele é ótimo para rápido envio de mensagens.

Screen do QT Twitter Linux

O Twitux é um cliente Twitter especialmente projetado para o desktop GNOME. Ele tem várias características básicas, incluindo envio direto de mensagens, notificação de updates dos amigos, auto-update do timeline e um ícone na barra de notificação.

Screen do Twitux

O gTwitter é uma aplicação GTK+ que lhe permite ler timelines públicas e de seus amigos, e claro, postar no Twitter. Você pode ajustar a taxa de atualização, salvas imagens dos outros e escolher como você quer que os Tweets serão mostrado. Planos futuros para esta aplicação incluem a capacidade de salvar seu histórico, receber notificações de novos Tweets e escrever mensagens para seus amigos.

Screen do gTwitter

O Spaz é um excepcional cliente cross-plataform que usa o Adobe Air. Ele suporta múltiplos temas, eventos sonoros e CSS sobrepostos definidos pelo usuário. Com o Spaz, você pode deletar os Tweets que você enviou, favoritar os Tweets de suas amigos, enviar mensagens diretas ou responder para qualquer usuário do Twitter. O Spaz mantém o registro de quem você acompanha, como também de quem acompanha você, atualizações automáticas para manter você a par de todas as mensagens que chegam diretamente ou pelo timeline. O Spaz ganhou um prêmio no outono passado no AIR Developer Derby, e com boas razões. Ele limpo, fácil de usar e é maravilhoso.

Screen do Spaz

Se você não quer deixar o seu editor de texto favorito só para "Twittar" seus amigos, confira os plugins do Twitter para o Vim e Emacs. Ambos permitem somente as funções mais básicas, como atualizar seu status e ler os Tweets de seus amigos, mas eles são perfeitos para enviar um Tweet rápido sem abrir uma nova aplicação.

Se está longe de seu desktop, você pode tentar o jibjib, um cliente Twitter J2ME de código aberto para telefones celulares com Java. A aplicação tem um tamanho pequeno, cerca de 30KB, e é projetado para o uso com uma das mãos, como também para telefones com rodas de rolagem ou botões. Ele tem vários atalhos, incluindo recurso de resposta rápida e multileitura para uma leitura de Tweets mais facilitada.

Se nenhuma dessas aplicações para Linux faz exatamente o que você quer, existe vários outros projetos que você pode experimentar no SourceForge.net, incluindo o cliente baseado em Java, jTwitt; o twitterl que envolve com Java a API do Twitter; e o Pwytter, um cliente cross-plataform escrito em Python.

Fonte: Linux.com

[Open Music!] The Heaven - If You're Lost For Somewhere Else To Be


Artista: The Heaven
Música: If You're Lost For Somewhere Else To Be
Album: The Heaven
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